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sábado, 31 de outubro de 2009

Yabause no (x)Ubuntu Karmic!!!

Para quem era vivo na década de 80, com certeza pôde ver toda a evolução dos videogames até hoje. Viu a ascenção e o declínio de video-games como o Nintendinho, Master system, Megadrive, Super nintendo, Playstation e outros... Dentre essa leva de video-games lendários, um deles, que não fez sucesso no Brasil, se destaca: O Sega Saturno.




Concorrente direto do Playstation, que dominou todo o mercado, enquanto produto ativo, o sega saturno foi um video-game responsável por um grande número de clássicos na época. Tendo boa parte de seus melhores jogos apenas disponíveis em japonês, ele é hj uma jóia rara em múseus e casas de colecionadores.

Para aqueles que não tiveram oportunidade de jogar com esse que foi um dos marcos de sua geração, venho aqui apresentar-lhes o Yabause, o emulador multiplataforma de sega saturno.

Diferente de outros emuladores, o Yabause é um emulador multiplataforma "di cum força"! Para se ter uma idéia, ele roda tanto em PSP quanto em Linux, Windows, MacOs, e outros. Tendo um desempenho razoável, ele é a melhor opção, na minha opinião, para quem quer matar a saudade desse console.

Disponível com interface Gtk e QT, ele é fácilmente instalável dos repositórios do Ubuntu. Até a versão anterior, 0.9.8, no Linux, ele não rodava quase nada. Com o lançamento da versão 0.9.10 nos repositórios, alguns joguinhos já são "testáveis" fácilmente. Por isso, resolvi fazer essa postagem explicando como instalá-lo e configurá-lo.

Primeiro, instalando-o. Se você utiliza ubuntu, algo como:

# sudo apt-get install yabause

Resolve o seu problema. Utilizando outros sistemas ou distribuições, sugiro visitar o site oficial do projeto para melhores instruções. Feito isso, abra o yabause e entre na tela de preferências. Lá, selecione a ROM que deseja, selecione o CDROM (que não pode ser dummy), selecione o núcleo do vídeo (OpenGL é uma boa), o som (SDL funciona bem), o cartucho (não esquecendo de especificar o arquivo de saída, que pode ter qualquer extensão), configure os controles e pronto. Não se preocupe com a opção de BIOS, pois boa parte dos jogos não a utiliza.

Coloque o jogo pelo método selecionado (ISO/CUE ou CD), e clique em executar.
Lembro que o Yabause está em constante desenvolvimento e pode apresentar bugs ou incompatibilidade, entretanto, é um excelente projeto e merece uma conferida!

Avaliação do Xubuntu Karmic 9.10

Anteontem saiu a mais nova versão do Ubuntu, o Ubuntu 9.10, codinome Karmic Koala. Ótima notícia, pois o 9.04 já estava me dando dores de cabeça com seus bugs, e problemas diversos. Consequentemente, o Xubuntu, versão do Ubuntu baseada no XFCE, também saiu. Nisso, vou eu, todo animado, fazer uma instalação limpa do Karmic no meu notebook. Sempre tive um certo gosto por distros minimalistas, que consomem pouco hardware, por isso resolvi testar primeiro o Xubuntu.




Primeira coisa que noto ao iniciar pelo CD é o Grub2, que ficou muito bonito.Aparecem até uns vaga-lumes durante a abertura. De qualquer maneira, o sistema ficou mais bonito. Janelinhas e barras com nova aparência, tudo de bom gosto.

A instalação em sí foi rápida e sem grandes problemas. Tive que mudar o nome do meu usuário anterior para poder reutilizar o home/ e tal. Mas fora isso, tudo nos conformes.

Ao iniciar o sistema, já instalado, após as telinhas bonitinhas e a nova tela de login, que agora tem várias opções na parte inferior, sou surpreendido! Com uma instalação limpa, logo após o lançamento, já tenho atualizações de software a fazer. Meio desgostoso, atualizo. Feito isso, vou instalar meus drivers restritos. Instalados, reinicio.

Esperando alguns minutos, várias telinhas bonitinhas depois, começo a bisbilhotar na lista de aplicativos do novo Xubuntu. Coisas que odeio estão lá...Como sempre. Mas nada alarmante. Removo os softwares que não uso, transmission, pidgin, thunderbird, exaile, gnome-games, e instalo a fina flor da abacaxeira: deluge, emesene, flash-plugin, quodlibet, wine, mplayer, mozilla-mplayer...e outros =D.




Com o sistema razoavelmente instalado, vou atrás de testar tudo! Como adoro videozinhos, vou direto testar o mplayer. E aí, o que acontece? Decepção! O mplayer não consegue abrir meus flv. Tento abrir meus mp4, tb não dá certo! Já com raiva, tento abrir meus avi...nada! O mplayer simplesmente não consegue abrir nada direito! No Jaunty, ele já apresentava alguns problemas com legendas, quando aberto pela interface gráfica. No Xubuntu Karmic ele está inutilizado! Ainda bem que o totem está aqui para salvar o dia, tocando os vídeos sem problemas.

[EDIT] Certo. Para corrigir esse erro do mplayer, faça o seguinte: edite o arquivo ~/.mplayer/gui.conf e mude vo_driver para x11 e ao_driver para alsa!

Fica assim:

vo_driver="x11"
ao_driver="alsa"

Agradecimento ao skysong do canal do xubuntu no irc.




Já chateado, vou testar o emesene, que funciona a contento, mas ainda com bugs, o quodlibet, que continua bom (faltando só a busca recursiva de biblioteca!), o wine, que ainda é o wine =D e o deluge, que ainda é o melhor cliente de bittorrent da atualidade!




Tem também uns "papocos" que estão ocorrendo no som. Pretendo olhar isso a fundo até o fim da próxima semana.

Tirando isso, o sistema está muito bom. Está estável e rápido. Ainda não achei a tão falada "integração com o ubuntuOne", mas estou catando aqui. De hoje para amanhã eu acho ^^ [U1].

No mais, bem configurado, me parece uma excelente opção para computadores mais simples. Abraço!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Baixando quadrinhos direto do OneManga.com

Para quem gosta de quadrinhos japoneses, o mangá, com certeza o site onemanga.com não é uma novidade. Sendo o melhor repositório online de quadrinhos traduzidos na web, ele é um ícone para os fãs de todo o mundo. Sua interface fácil e intuitiva, permite buscar na sua base de dados por quaisquer mangás que disponíveis e lê-los utilizando o seu navegador.

Uma das funcionalidades que o site não fornece é baixar todo um capítulo de uma vez. Bem, não que isso seja o fim do mundo, mas tem gente que gosta de colecionar, não é? Outro problema que um usuário pode achar é a necessidade de utilizar um navegador web, caso ele esteja acompanhando um quadrinho qualquer. Nem sempre você terá acesso a um, e mesmo que tenha, podem ser muitos cliques de distância até que você consiga achar o que procura, como descobrir qual o último capítulo lançado para um quadrinho.

Pensando nisso, eu andei buscando na internet por um script que facilitasse o meu acesso ao que o OneManga disponibiliza. Rapidamente, achei um script do Will Larson que vazia exatamente o que eu queria. O problema dele é que ele não baixa os quadrinhos, não funciona como um script por linha de comando, e, depois que o OneManga mudou seu layout, ele quebrou.

Buhou! Mas, como o mundo é belo, a coca-cola é gelada, e a pizza está quentinha, resolvi fazer minha própria versão. Busquei adotar parte da estrutura original que o Will usou e permitir que o script seja usado como standalone. O resultado final ficou bem legal e pode ser conferido aqui.

Para usá-lo, você deve copiar o texto do link em um arquivo onemanga.py e deve executá-lo por linha de comando. Esse script depende da biblioteca BeautifulSoup e foi testado com Python2.6.

Abraço aê!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Scite: editor poderoso para ambientes minimalistas!



Para programadores, uma boa IDE é um manjar dos deuses! Nada como desenvolver um aplicativo complexo com o auxílio e facilidades de um bom ambiente de desenvolvimento. Você consegue, fácilmente, ver partes do código que quebrou com uma mudança qualquer, pode fazer edições em massa, pode até desenhar interfaces gráficas visualmente! Uma excelente metralhadora, na guerra contra os prazos curtos e a falta de tempo!

Mesmo IDE's poderosas sendo o mais novo canivete de prata [ref: resumo de NoSilverBullet] do desenvolvimento de software, nem sempre ele é a melhor opção. Pequenos projetos ou edições rápidas não podem se dar ao luxo de levantar toda uma IDE em memória, antes de qualquer edição. E mais! Computadores minimalistas como os netbooks ou máquinas com poucos recursos necessitam de ferramentas que possibilitem o desenvolvimento rápido, ágil e prático.

Nesse sentido, o velho companheiro de guerra do desenvolvimento são os editores de texto, que não possuem os recursos poderosos das novas IDE's (pelo menos não por padrão), mas que oferecem facilidades de codificação tentadoras. Bons exemplos de editores, muito adequados para qualquer linguagem com sintaxe bem definida (xml, xhtml, css, python, ruby, lua, perl...) são o Gedit, Kate, Editra, Notepad++ e outros tantos.

Entre funcionalidades interessantes que um editor de texto mais complexo (notepad do Windows não conta, senhores!) oferece, estão:
  • highlight - o texto carregado na interface é colorido pelo editor, a fim de facilitar sua leitura
  • ferramentas de busca e substituição de trechos
  • padronização da codificação dos arquivos - ajuda a evitar problemas com caracteres estranhos como
  • autocomplete - nem sempre baseados na sintaxe, mas na morfologia
  • navegação no sistema de arquivos integrada
  • verificação ortográfica
  • outras funcionalidades...
Com tantas funcionalidades, alguns editores de texto, que são opções leves, acabam ficando bastante pesados. Para algumas pessoas, isso pode ser um problema.

Aí eu lhe pergunto: você faz parte deste grupo de algumas pessoas? Se sim, continue lendo.

Hoje, enquanto planejava um outro script python (às vezes eu programo para relaxar hohoho), eu me deparei com uma situação inusitada: mesmo tendo vários editores de texto aqui, eu não estava me sentindo confortável a usar nenhum deles. Não queria usar o Scribes (bugs...), nem o Editra (que eu chego a usar como IDE!), nem o Gedit (ando achando ele meio pesado), nem o Idle3 (bugs, muitos bugs!). Em uma busca rápida pela internet, achei um editor de texto que eu nunca uso. Na verdade, editor que eu ignoro, o Scite! Talvez por preconceito, mas resolvi testá-lo.

Como estou usando o Ubuntu Jaunty, instalar o Scite foi tão fácil quanto dar um:
#sudo apt-get install scite

Feito isso, o editor de texto minimalista e bonitão, Scite, já estava na minha máquina! Minhas primeiras impressões dele foi que ele tem um jeitão de Emacs. Os arquivos de configuração são baseados em arquivos texto simples, no melhor estilo Linux de se configurar algo, e que ele é muito rápido, muito MESMO! Para um editor cheio de opções (como as citadas na lista um pouco acima), ele me impressionou. É carregado em memória tão rápido quanto o LeafPad, que é um editor de texto super simples para edição de arquivos texto (os .txt da vida!).

Certo, o Scite é bonito e rápido, mais alguma coisa? Sim!

Além de indicar o Scite como editor de texto, gostaria de dar uma dica sobre como configurá-lo. Como falei, a configuração do Scite é baseada em arquivos de texto simples. Por isso, quando você quer mudar algo no Scite, como fonte, ou espaçamento das tabs, você tem que editar o arquivo de texto. O Scite oferece uma forma relativamente fácil de se fazer isso. Com o programa aberto, na opção de menu "Options", duas opções muito uteis lhe serão visíveis:

Open Global Options File e Open User Options File

Essas duas opções são importantíssimas pois, clicando nelas, você poderá editar os arquivos de texto com as opções do editor.

A primeira, Open Global Options File, possui uma lista com todas as opções padrão do Scite. Ela deve ser usada sempre que você quiser saber quais opções no Scite estão disponíveis.

Por exemplo:
A opção indent.size permite definir o tamanho de uma indentação, no Scite. Seu valor padrão é 8, e sua representação no arquivo global de configuração é indent.size=8.

A segunda opção, Open User Options File, serve para você definir novos valores para as opções padrão do arquivo global de configuração. Ou seja, quando você quer mudar uma configuração do Scite, você não edita o arquivo de configurações globais, você simplesmente copia a opção do arquivo global no arquivo de usuário e muda o valor dela.

Por exemplo:
Se você quisesse que a indentação da sua instalação do Scite fosse, por padrão, 4, você deveria escrever o seguinte no arquivo de preferências de usuário:
indent.size=4

Iaí, fácil, não? Bem que poderia existir uma janelinha com botõezinhos lindos para se clicar, mas como essa é uma abordagem bastante trabalhosa, acho que os caras não fizeram errado, em usar arquivos de texto para a configuração. Pior seria se uma opção fosse de difícil edição pelo simples fato de não existir o botãozinho para modificá-la, não?

Particularmente, aconselho que estas duas configurações estejam em seu arquivo de configuração:
# identação de 4 espaços
indent.size=4
# usar espaços no lugar de tabs para arquivos .py
use.tabs.*.py=0
# habilitar o autocomplete
autocompleteword.automatic=1

De qualquer forma, é isso. O Scite é muito bom, e até que o Idle resolvia ficar bonitinho e/ou sem bugs, eu vou usá-lo para escrever meus scripts simples. É isso. Abraço, senhores (e senhoritas!)!

Indicação de leitura: WalterCruz